Controle leiteiro: ferramenta de gestão eficiente

Controle leiteiro: ferramenta de gestão eficiente

Não importa o tamanho do rebanho, os ganhos para seleção de uma raça leiteira em decorrência dos dados gerados pelo Serviço de Controle Leiteiro Oficial são importantes e impactam inclusive os programas de melhoramento. De acordo com o técnico controlador do PMGZ Leite, Rubens Roza Mendes, esta é uma da ferramenta de gestão do rebanho que permite ao criador tomar decisões acertadas, com base em dados confiáveis, gerando mais rentabilidade ao negócio. “São várias as vantagens dessa ferramenta, dentre elas: analisar a qualidade do leite dentro da coleta, identificar os melhores animais do rebanho, avaliar a produção média do pico de lactação”, informa Mendes, que realiza regularmente o controle leiteiro oficial dos rebanhos de Gir Leiteiro e Girolando da ACN Agropecuária.

Uma das ferramentas mais tradicionais e simples na seleção, o Serviço de Controle Leiteiro permite ao criador ter acesso a diversos relatórios. Tais como  Acompanhamento da Produção Mensal, Relatório Individual de Lactação e Relatório de Avaliação Genética. A partir dessas informações, é possível selecionar as vacas de maior produção leiteira, reorganizar os lotes conforme essa produção e adaptar a dieta com base do desempenho na ordenha. “Outras possibilidades na seleção são descartar os animais de pior lactação, selecionar as filhas das melhores vacas para manter em seu rebanho e as vacas de alto desempenho, além de estimar a produção média do rebanho e compará-la ao longo do tempo”, orienta o controlador.

Como na hora do Serviço de Controle Leiteiro é feita a coleta de amostras para análise em laboratório de Contagem de Células Somáticas (CCS), Proteína e Gordura, a ferramenta auxilia na manutenção da boa sanidade do rebanho. Com os resultados das análises do leite em mãos, o produtor tem a possibilidade de proceder a uma melhor gestão do rebanho, manejando separadamente os animais que deram alta contagem de células somáticas. A fazenda poderá realizar linha de ordenha, colocando por último os animais identificados com alta CCS. Isso evitará e/ou diminuirá a incidência de bactérias agressoras, causadoras de mastite clínica ou subclínica no plantel.

Em relação à CCS, é um dado importante, principalmente para identificarmos os animais com maior contagem e, assim, podermos realizar uma linha de ordenha adequada. Também ajuda a identificar as fêmeas que apresentam mastite subclínica. E, dependendo da pressão de seleção genética do rebanho, há a opção de fazer o descarte das vacas com CCS alta.

Como todos os dados do Controle Leiteiro da ACN Agropecuária seguem para o banco de dados das Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, as informações estão contribuindo para gerar as avaliações genéticas do PMGG e do PMGZ.