Cresce demanda por cavalo Crioulo

O Brasil vem se despontando na criação de cavalos Crioulos, seja para competições ou para a lida no campo. A forte resistência, adaptabilidade e a versatilidade da raça tem chamado a atenção dos interessados em investir na raça.

Segundo dados da ABCCC, o ano de 2022 encerrou com aumento no número de registros, atingindo um total de 605 mil animais registrados, sendo uma média de 12 mil por ano. O número de transferências chegou a 29 mil, ou seja, este é um dado que mostra a valorização da raça no mercado.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), César Hax, destaca que a raça vive um bom momento no país e vem se expandido além das terras gaúchas. “Onde o Crioulo pisou se consolidou. Na América do Sul, é destaque em vários países como Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, dentre outros. Sem dúvida, o cavalo mais bonito, equilibrado e funcional da América é o brasileiro”, garante Hax.

A raça chamou a atenção da ACN Agropecuária, que a elegeu para iniciar seu plantel de equinos. O pecuarista Anderson Carlos Nascimento vem investindo na raça desde 2019. “O Crioulo encaixa-se perfeitamente na nossa filosofia de trabalho na pecuária bovina. Buscamos uma produção de um genética de resultado, independente da região onde os animais serão criados. É assim que trabalhos na seleção de Nelore, Gir Leiteiro e Girolando e levamos esse conceito para os cavalos Crioulos”, explica Nascimento.

Para compor o seu rebanho, por exemplo, ele buscou indivíduos das melhores linhagens, nas principais Cabañas do sul do País, berço do Crioulo no Brasil. A seleção foca, acima de tudo, em animais de força, evoluindo as principais características da raça. Para os acasalamentos, são levados em conta pedigree, aperfeiçoamento da morfologia e da funcionalidade dos equinos.