Embrapa lança protocolo para antecipar ciclo reprodutivo de fêmeas

Embrapa lança protocolo para antecipar ciclo reprodutivo de fêmeas

Já está à disposição dos produtores rurais o Protocolo Embrapa +Precoce P14, ou simplesmente, P14. A tecnologia possibilita trabalhar com fêmeas bovinas da raça Nelore, com idade entre 12 e 16 meses de idade e com índices adequados de fertilidade e produtividade. O novo processo produtivo foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Embrapa, formada por melhoristas, nutricionistas e especialistas em reprodução e sanidade animal. A entidade destaca que os touros selecionados devem passar por avaliação genética, confirmando se estão aptos em relação ao potencial genético para fertilidade. É o caso dos touros da ACN Agropecuária que são avaliados por importantes programas de melhoramento para precocidade sexual, além de outras características.

A precocidade é um dos mais importantes parâmetros de escolha para melhoria da qualidade da carne e de eficiência de sistemas de produção de bovinos de corte, porque além de ampliar a taxa de prenhez, acelera o alcance de peso corporal no início da idade reprodutiva.

Indicação para o protocolo

A recomendação é para propriedades com certo nível de tecnificação, sistema produtivo de cria e situadas nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, principalmente. Apesar de ter sido desenvolvido para a raça Nelore, o protocolo pode ser adaptado e aplicado a outras raças.

Além do aumento na taxa de prenhez, a adoção do P14 indica o alcance de peso corporal de, no mínimo, 260 kg no início da estação reprodutiva, e de cerca de 400 kg no parto de primíparas (fêmea que teve seu primeiro parto). Isso representa um ganho de peso diário de 0,425 kg, do início da primeira estação reprodutiva ao parto (330 dias), garantindo crescimento adequado sem impactar na produção desses animais ao longo da vida.

Para nulíparas (novilhas que não pariram ainda), a estação reprodutiva é de 60 dias, entre os meses de novembro e janeiro; e para as primíparas precoces, a estação é de 60 a 90 dias, entre outubro e janeiro. Dessa forma, o novo processo produtivo busca, no mínimo, 35% de taxa de prenhez na primeira IATF (inseminação artificial por tempo fixo) e superior a de 50%, no fim da primeira estação reprodutiva.

Para os pesquisadores da Embrapa, mesmo seguindo esse passo a passo, é primordial que o rebanho a ser manejado já apresente elevado desempenho reprodutivo, com taxa de prenhez superior a 75%.

Fonte: Agência Embrapa